Durante uma instalação com vidro, muitos fatores precisam ser considerados: ferramentas, ferragens, acessórios... Mas nada é mais importante do que a segurança do próprio profissional. Por isso, o uso de EPIs para vidraceiros (Equipamentos de Proteção Individual) deve ser uma prioridade absoluta em qualquer obra, independentemente do porte.
A NBR 7199 — Vidros na construção civil aborda a execução e aplicação de vidros e, em sua última revisão, incluiu recomendações sobre EPIs. No entanto, a cobertura do tema ainda é considerada incompleta, o que reforça a importância de buscar conhecimento adicional sobre boas práticas de proteção.
Além disso, a NR-35, que trata dos trabalhos em altura, e a NR-15, que regula atividades insalubres, também fornecem diretrizes importantes para garantir a integridade física do instalador de vidro.
Luvas anticorte: evitam ferimentos durante o manuseio de chapas de vidro e ferramentas afiadas.
Mangotes de segurança: oferecem proteção adicional aos braços, reduzindo o risco de cortes e perfurações.
Luvas térmicas: indicadas para atividades com risco de queimadura, como o manuseio de equipamentos aquecidos.
Óculos de proteção: essenciais para proteger os olhos de estilhaços, poeira, faíscas e produtos químicos.
Protetores auriculares: obrigatórios em ambientes com ruído elevado. De acordo com a NR-15, o limite de tolerância é de 8 horas com até 85 dB; acima disso, os danos auditivos podem ser irreversíveis.
Capacetes de segurança: especialmente recomendados para obras com movimentação de vidros acima da cabeça ou presença de pontes rolantes.
Calçados de segurança: modelos sem cadarço, com biqueira de aço e solado antiperfurante são ideais. Mesmo em alturas inferiores a cinco metros, esses calçados ajudam a evitar cortes, escorregões e quedas.
O uso de cintos de segurança com trava-quedas é obrigatório em qualquer atividade executada acima de dois metros, conforme a NR-35. Além disso, é fundamental realizar o treinamento adequado para trabalho em altura, o que muitas vezes é negligenciado, mas pode salvar vidas.
Embora a aquisição de EPIs represente um custo adicional para o vidraceiro, trata-se de um investimento que não pode ser adiado ou negligenciado. A proteção adequada:
Reduz riscos de acidentes
Garante a integridade física do profissional
Evita afastamentos e prejuízos operacionais
Cumpre exigências legais e normativas
Além disso, o uso correto dos EPIs não interfere negativamente nos processos de instalação — pelo contrário, proporciona mais confiança e produtividade.
A segurança no setor vidreiro começa com conscientização, passa pelo uso correto dos EPIs e se completa com treinamento adequado. Vidraceiros bem equipados estão mais protegidos e preparados para enfrentar os desafios do canteiro de obras.